sexta-feira, 14 de maio de 2010

Seu Madruga volta ao Brasil com livro sobre "vila e obra"

Rio de Janeiro, 14 mai (EFE).- Mal-humorado e trapaceiro convicto, mas com uma legião de fãs, Seu Madruga, personagem da série de televisão mexicana "Chaves", ressurge no Brasil em um livro lançado hoje no Rio de Janeiro.

"Seu Madruga - Vila e Obra", do jornalista Pablo Kaschner, traz curiosidades, frases antológicas e diálogos memoráveis de um dos moradores mais famosos da vila de Chaves, personagem criado pelo mexicano Roberto Gómez Bolaños.

"Seu Madruga é a antítese do que a sociedade de consumo espera de um homem adulto: desempregado crônico, eterno devedor, um malandro que declara o ócio como princípio e a procrastinação como fim", diz o jornalista, autor do livro publicado pela editora "Mirabolante".

Segundo Pablo, é curioso que um personagem como este, "modelo de como não se deve ser", seja idolatrado por fãs de todas as idades, e que mais de 30 anos depois do lançamento da série no México ela continue tendo audiência no Brasil.

"Talvez seja uma resposta do público ao império do politicamente correto que domina a sociedade e que se vê refletido nos programas de humor", afirma Kaschner, que considera que "hoje seria impossível ter um personagem que fuma em cena em uma série assistida por milhões de crianças".

A ideia de escrever sobre Seu Madruga, segundo o autor, nasceu depois da conclusão de seu primeiro livro, "Chaves de um Sucesso".

Nesse primeiro trabalho, Kaschner explicava como a série tinha se transformado em um fenômeno comunicacional no Brasil.

"Seu Madruga", segundo ele, "merecia um capítulo à parte", mas não só isso, e daí surgiu todo um novo livro.

Em 14 capítulos, o mesmo número de meses de aluguel que Seu Madruga devia a Seu Barriga, o livro percorre a trajetória de Ramón Valdés, ator que dá vida ao pai de Chiquinha e que morreu há vários anos.

A publicação traz também fotos inéditas, entrevistas com o dublador do personagem na versão brasileira da série, Carlos Seidl, e com Edgar Vivar, ator que interpreta Seu Barriga, além de um desafio aos conhecimentos dos verdadeiros "madrugamaníacos".

"Seu Madruga não se importa em ser idolatrado, mas tem um carisma que fala por ele", define Kaschner. EFE

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