segunda-feira, 10 de maio de 2010

A morte de Isabella Nardoni - Erros e Contradições Periciais


Hoje nem é meu dia de postar no Blog, mas vi essa matéria um tanto quanto polêmica e achei interessante postar pra vcs.

Está previsto para o fim deste mês o lançamento de mais um polêmico livro sobre o caso Isabella, que terminou em março deste ano com a condenação do casal Nardoni pelo assassinato da menina, em 2008. “A morte de Isabella Nardoni - Erros e Contradições Periciais”, do médico alagoano George Sanguinetti, discorda da versão oficial da Justiça, que diz que Anna Jatobá tentou esganar a enteada e Alexandre Nardoni jogou a filha pela janela após uma discussão. Sanguinetti chegou a ser contratado pela família Nardoni para analisar os laudos periciais sobre a morte da menina.

Em 87 páginas, ele critica o trabalho dos peritos e volta a reafirmar a existência de uma “terceira pessoa”, mas, desta vez, “revela” quem seria o criminoso. “Um pedófilo matou Isabella Nardoni e ela sofreu violência sexual, foi abusada sexualmente”, resumiu o autor por telefone ao G1, na sexta-feira (7). Essa tese sugere que o pai e a madrasta de Isabella são inocentes.
Não é a primeira vez que alguém escreve uma obra sobre o caso. Em junho de 2009, o gaúcho Paulo Papandreu, que também é médico, havia publicado “Isabella”, que apresentava outra explicação para a morte da garota: “acidente doméstico”. Segundo ele, a garota caiu sozinha do sexto andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo. O livro, que exibia uma foto de Isabella, não agradou a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira. Ela entrou com uma ação contra as imagens e o conteúdo da publicação. Em outubro, uma decisão judicial proibiu a sua venda e determinou o recolhimento dos 10 mil exemplares.

Para não vir a correr o risco de sofrer uma ação similar à que ocorreu com Papandreu, Sanguinetti afirma estar “calçado” e bem assessorado juridicamente. “Não preciso de autorização da família da Isabella para publicar o livro, isso está na Constituição Federal. Mas mesmo assim me precavi. O primeiro passo foi o de não colocar nenhuma foto de Isabella, qualquer citação da família dela ou cópia de documento original do processo. Faço linguagem técnica a partir de achados. Não estou dizendo que o casal é inocente, mas que a polícia e a perícia deveriam ter investigado uma terceira pessoa”, disse o médico alagoano que em 1998 ganhou o prêmio Jabuti de literatura pelo livro “A Morte de PC Farias: O Dossiê de Sanguinetti”.

Isabella Nardoni morreu no dia 29 de março de 2008. À época, a garota tinha cinco anos. Nardoni foi sentenciado a 31 anos, 1 mês e 10 dias; Jatobá, a 26 anos e 8 meses de prisão. Os dois estão presos em Tremembé, a 147 km da capital paulista. Ambos negam o crime. Sugerem que alguém entrou no apartamento enquanto Isabella dormia sozinha e a matou.

2 comentários:

  1. o Grande problema deste caso é que foi um caso "comercial" para a Justiça, ou seja, a mídia mostrou apenas o lado da acusação(fazendo papel de advogada do Diabo) e ignorou o outro lado, colocando na cabeça do povão que o casal Nardoni era do "Mal" e a mãe da Isa era do "Bem", a Justiça não iria arriscar arranhar a sua imagem com o povo inocentando o casal, então ela jogou nas mãos do povo colocando para júri popular aonde por mais fortes que sejam os argumentos para inocentar, o júri já foi com aquela idéia préjulgada de que eles eram os culpados, a Justiça apenas deu o que o povo queria: um culpado, invariavelmente se eles eram os reais criminosos.
    Talvez daqui a um ano qdo o povo (que tem memória de peixinho dourado) não se recordar mais do caso, quando talvez os Nardoni forem inocentados eles irão aparecer em um cantinho minúsculo no G1, se aparecer na tv vai ser algo do estilo "vapt-vupt" e pronto, ninguém vai mais armar o Circo!
    Eu gosto sempre de olhar o outro lado da moeda, para evitar preconceitos e informações tortas, algo que deveria ser cultivado entre nós!

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  2. Se não foi eles, quem foi?
    Eles foram julgados porque não teve provas suficientes para inocenta-los, eles não tiveram argumento algum, eles poderiam muito bem argumentar, e não o fizeram. Onde está o sofrimento de um pai que acaba de perder sua filha e só se preocupa com os 2 filhos menores conforme revelaram em cartas....

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