sexta-feira, 18 de junho de 2010

Androginia nas Artes

De acordo com as descrições feitas nos diálogos de O Banquete, do filósofo grego Platão (428-348 ou 427-347 a.C.) andróginos (do grego andrós, aquele que fecunda, o macho, o homem viril; e guynaikós, mulher, fêmea), são seres esféricos que possuem os dois sexos ao mesmo tempo, quatro mãos, quatro pernas e duas faces idênticas e opostas. Fortes, eles tentam transpassar o Olimpo, montanha sagrada onde moram os deuses gregos, e assumir o poder. Diante da ameaça, Zeus, senhor dos céus, corta os andróginos ao meio. Criando, e enfraquecendo, o homem e a mulher e condenando-os a buscar a outra metade para, assim, curar a angustiada e ferida natureza humana.

À parte a lenda, a imagem do andrógino sempre esteve presente no mundo das artes. Seja por motivos políticos, sociais ou simplesmente estéticos, o gênero perpetuou e ressaltou a beleza das características opostas quando fundidas.

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