Vamos dedicar esse meio da semana para um assunto um tanto polêmico.
Hoje venho falar um livro que já li faz algum tempo, livro que está no ranking de mais vendidos de 2009 – ocupando o primeiro lugar, na verdade.
O livro mais lido do mundo do ano passado, é A Cabana, de William Young. Ele conta sobre uma extraordinária aventura que seu melhor amigo teve, depois de passar por traumas com a perda de sua filha mais nova assassinada por um serial killer, ele tem a oportunidade de se encontrar com Deus (onde o convite chega até a sua casa por um bilhete).
O livro é bem intenso. Mas não podemos ser tão céticos a ponto de aceitá-lo como consolo. Na verdade, venho aqui hoje deixar uma crítica.
Ninguém tem como confirmar se o que aconteceu é verdade ou não mas eu não pude deixar de perceber a empreitada do autor.
O livro é neutro a ponto de ser usado por várias religiões. Sem, em nenhum momento, fazer apologia para uma específica.
Como estudantes de comunicação, sabemos que a linguagem é uma arma poderosa. Quando vi o livro em primeiro lugar no ranking de ficção, me perguntei por que não está encaixado nos livros de auto-ajuda, porque na verdade, o que o livro faz é ”absolver” a culpa das pessoas, neutralizando o livro inteiro em religião alguma, com conceitos vagos de Deus, Jesus e Espírito Santo.
Poderia o autor ter utilizado do ponto fraco das pessoas, do desejo de se livrar da culpa (afinal somos todos “pecadores”), mesclando tudo isso em uma história mirabolante, onde milagres acontecem todo momento em uma religião universal?
O que vocês acham?
Com certeza..
ResponderExcluirAssim como muitos, A Cabana é um livro que traz consigo todo um idealismo. Na verdade, não é pela criação de um mundo que absolve nossas culpas, e sim por mostrar uma fundição de religiões, que é o que de certa forma estamos vivenciando atualmente.
A crença religiosa tem se modificado, e A cabana é exemplo disso.
Como estudante de comunicação, acredito que assim como a maioria dos livros atuais, este tem algum objetivo maior do que trazer um mundo onde milagres são possíveis, ou mostrar uma "nova" religião.
Portanto, minha conclusão é de alguma reforma sempre é feita por parte das editoras, mas a idéia do livro é abordar esta nova crença religiosa que surgiu nos últimos tempos.
E para esse sucesso todo do livro, é porque várias pessoas se identificaram com esta reforma religiosa