sábado, 24 de abril de 2010

‘Alice’ volta às livrarias em versões de luxo, mangá e até cordel.

Aos 145 anos, Alice está em todo lugar. De carona no blockbuster que Tim Burton preparou para a Disney, a história infantil criada em 1865 pelo escritor Lewis Carroll volta a marcar presença nas livrarias do país em um punhado de formatos e interpretações.
Destacados em nichos separados nas lojas, é possível encontrar desde a edição clássica do livro, que reúne as duas partes da história - “As aventuras de Alice no País das Maravilhas” e “Através do espelho” – e conta com as ilustrações originais de John Tenniel, até uma versão luxuosa renovada, com ilustrações de Luiz Zerbini e tradução do historiador Nicolau Sevcenko.

Há ainda edições especiais da obra para crianças, com páginas que “saltam” do livro, passando por guias visuais para acompanhar o filme de Burton, até versões em mangá e cordel de “Alice”.
Pop que remete ao clássico
O interesse dos leitores por "Alice" não é recente. Livrarias vêm observando crescimento na procura por livros da personagem desde o ano passado. “Foi a partir de setembro, bem antes de o filme ter data de lançamento ou mais informações divulgadas, que notamos um aumento na procura”, conta o responsável por compras da Livraria Cultura Rodrigo Cardoso.

“É interessante ver que hoje há um caminho inverso ao que era percorrido anteriormente: agora, em vez de um filme ‘vir’ do livro, é o livro que tem seu apelo ressuscitado pelo cinema. Enxergamos isso acontecendo até com gêneros: ‘Crepúsculo’, por exemplo, fez subir as vendas de ‘O morro dos ventos uivantes’”, revela Cardoso.

“O universo de partida é pop, mas leva o leitor, geralmente adolescente, a travar contato com obras clássicas e de qualidade”. Segundo Cardoso, desde o começo do ano toda filial da rede de livrarias montou um espaço apenas com livros baseados na mais famosa criação de Carroll.

Movimento semelhante foi feito na Livraria da Vila – que criou uma vitrine especial para “Alice” em sua unidade no bairro de Pinheiros (na zona oeste de São Paulo). “Como muitas editoras têm direitos sobre a história, foi grande o número de lançamentos que recebemos. Dar destaque foi a forma encontrada para contemplar tantas novidades”, diz o funcionário de marketing da empresa Júlio César Brugnari.

E o estoque, inclusive, já foi reforçado prevendo uma procura maior após a estreia do filme, adianta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário